Saudades daquele menino
Doce ventura de um mortal peregrino
enclausurado em veste lutuosa
andante em luxuosa penúria
trazendo em si a imagem de menino
Saudosas luzes de lembranças indóceis
desativadas pelo peso do decesso
desabrocham por vezes em pinceladas
evocando o menino d´antes travesso
Em andanças por ruas desconexas
perdido cambaleando o andarilho tenta
seguir o fado traçado quand´ inda com tino
andava em aprumo aquele menino
Ao alvor em cada intento alcançado
abre-se a porta com suave estampido
ouvindo quebrar as algemas do passado
deseja o vagante reviver o menino vivido