O poeta.
O poeta cabisbaixo e tristonho,
Tem seus passos pesados,
Sua vida bifurcada,
Seu corpo curvado num misto de melancolia e medo...
Sua mente pede “uma falsa felicidade”,
O corpo treme um pouco...Abstinência!
Acende um cigarro e pensa na vida, ou na falta dela,
Mas é sempre assim,
O poeta é um contínuo de algo que nunca aconteceu,
Sente falta de tudo e de si próprio,
Jamais encontra esconderijo,
Pois seu corpo é transparente, e ao mesmo tempo tem a cor viva de quem tem paixão nas veias,
Carrega o peso das coisas que já fez, e de tudo o que não conseguiu fazer,
Lembra dos amores e desamores,
E o cigarro esta na metade,
Toma um trago, ensaia uns versos num guardanapo,
Ela esta atrasada de novo,
Ele cansa e vai embora,
Nunca mais volta...
Anos depois um encontro não programado na rua,
Eles se abraçam e choram um pouco...
E ela tira da bolsa o guardanapo e diz...
Eu fui...