MENORES ABENÇOADOS
GILBERTO BRAZ ALMEIDA
Naquele reino encantado,
ninguém era filho de empregado,
ninguém era filho de patrão.
Éramos todos iguais!...
Todos iguais!...
De tantos meninos que éramos
formávamos um imenso batalhão
a correr pelos campos,
a brincar com bolas de meias.
Éramos tão felizes!...
Tão felizes!...
Naquele fantástico paraíso
ninguém cheirava cola,
ninguém era trombadinha.
Éramos menores abençoados!...
Menores abençoados!...
Quase imortais.