Conflitos da alma

Em uma floresta fúnebre

Andava sozinha e amedrontada

De um suspiro cansado atrás de uma árvore

presenciei uma criatura flamejante.

Seus olhos encontraram os meus

E senti o seu passado em reflexos rápidos

Assustei-me ao sentir a dor e a ira

que emergia do seu ser enegrecido.

Dir-me-ia palavras cruéis

Porém meus olhos lacrimejantes fizeram-no

parar no tempo e sentir aquela chuva

suave e lenta como o fogo do inverno.

Suas mãos encontraram a minha face

E como uma criança contemplando seu brinquedo

descobri com toques inocentes que éramos iguais.

Não de uma igualdade física grotesca

Mas sim do interior limpo e insaciável:

- Insaciável de amor, perdido de compreensão...

Cansado de ilusões, desaprendido de justiça...

Insatisfeito com a vida, aborrecido com si mesmo

Sôfrego pela felicidade...

Quimera
Enviado por Quimera em 14/02/2012
Código do texto: T3499479
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