Conflitos da alma
Em uma floresta fúnebre
Andava sozinha e amedrontada
De um suspiro cansado atrás de uma árvore
presenciei uma criatura flamejante.
Seus olhos encontraram os meus
E senti o seu passado em reflexos rápidos
Assustei-me ao sentir a dor e a ira
que emergia do seu ser enegrecido.
Dir-me-ia palavras cruéis
Porém meus olhos lacrimejantes fizeram-no
parar no tempo e sentir aquela chuva
suave e lenta como o fogo do inverno.
Suas mãos encontraram a minha face
E como uma criança contemplando seu brinquedo
descobri com toques inocentes que éramos iguais.
Não de uma igualdade física grotesca
Mas sim do interior limpo e insaciável:
- Insaciável de amor, perdido de compreensão...
Cansado de ilusões, desaprendido de justiça...
Insatisfeito com a vida, aborrecido com si mesmo
Sôfrego pela felicidade...