SAUDADES,QUERIDA INFÂNCIA.

*(Agradeço à DEUS, à meus Pais por tudo que

me foi ofertado na infância)*

No limiar da vida me remete

Aos tempos idos da infância

ao túnel do tempo onde revejo

elas,vestidinhos rodados e laços

lembro-me do meu primeiro vestido

foi presente da madrinha

branco com pingos vermelhos

os meninos calça curta com suspensórios

a brincarem sem preocupações

concentravam no presente

extraindo das pequenas coisas

todas as emoções

energia de sobra

ah! tantas bricadeiras,subir na amoreira

do passa anel,esconde,esconde

cabra cega,ciranda,cirandinha...

batata quente,amarelinha

as bonecas de milho,de pano

brincar de casinha com talheres e fogão

quanta imaginação! pipas coloridas no ar

feitas de qualquer papel

como era precioso o velho jornal

e as festas juninas? a fogueira a queimar

batatas doce e milhos assados

pipoca na brasa a estourar

a simplicidade dos pais no quintal

juntavam-se os vizinhos amigos

parecia ritual;lua cheia como dia

nada paga a alegria

gargalhadas a ressoar

a inocência estampada no olhar....

Ah! hoje arranca-Me lágrimas

elas sem quintais ou brincadeiras

sem árvores,só selva de pedras

crianças presas mascaradas

que pena! só os videoguames

controlam as vidas tristonhas e amargas.

Tenho cá esperanças

Talves só quando adultas

Vão saber brincar de crianças...

-SP-Ly-

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Sou hoje um caçador de achadouros da infância.

Vou meio dementado e enxada às costas

cavar no meu quintal vestígios dos meninos que fomos.

****-Manoel de Barros-****

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