SUMOS PRIMEVOS DE QUALQUER LUGAR

Havia muita coisa não explicada.

Uma dimensão no espaço, inteirinha,

adormentada:

A flor de cambuci,

os aromas deliciosos e podres de roldão,

os pés espetados nos gravetos espalhados

pelo gigantesco e delirioso bosque...

Risos esgarçados ao fundo... Bem ao fundo...

Tios, primos, avós e os sumos primevos de qualquer lugar...

Um profundo acaso tão raso quanto inatingível

e o rasgar-me nessa memória recidiva que não se explica...

Um reviver integral de naturais e intuitivos sentimentos,

(até o como eu enroscava a camiseta listrada nos galhos)

isso tudo que me exaspera de reais irrealidades; sim, esse túnel...

Incrível como fui e sou, em resumo, o mesmo

de como nada há a acrescentar ao imo do meu ser,

de jamais em essência um algo novo além da obviedade

assim, tão intima, de tão bem me desconhecer...