Um Dia em Caravelas
(O passado)
Bar de portas diferentes:
Numa, tem espaço,
Na outra tem gente
Que fala do passado
Que não crê no futuro.
Discorre sobre a fartura
Vê-se que sobra usura
Morreu com a queda do muro...
Berlim é logo ali!
Cortaram a Cidade no meio...
Aqui, agora é fábrica
De papel; só tem eucalipto.
Ainda bem que o turismo veio!
O copo de centeio, a páprica
É tempero, tudo é licito!
E juram, os mais velhos:
-Ah! Tempo: sem evangelhos...
Por essas bandas tinha de tudo!
Falava, em baixo tom,
Um barrigudo, sentado!
E o outro, no canto, encostado,
Com o churrasco e a cerva ao lado...
Um mais descarado
Com o olho comprido,
Extrovertido,
Cheio de palavras,
Espreitava:
Será que um dia
o finado Zequinha
vai esquecer
o passado?.
(O passado)
Bar de portas diferentes:
Numa, tem espaço,
Na outra tem gente
Que fala do passado
Que não crê no futuro.
Discorre sobre a fartura
Vê-se que sobra usura
Morreu com a queda do muro...
Berlim é logo ali!
Cortaram a Cidade no meio...
Aqui, agora é fábrica
De papel; só tem eucalipto.
Ainda bem que o turismo veio!
O copo de centeio, a páprica
É tempero, tudo é licito!
E juram, os mais velhos:
-Ah! Tempo: sem evangelhos...
Por essas bandas tinha de tudo!
Falava, em baixo tom,
Um barrigudo, sentado!
E o outro, no canto, encostado,
Com o churrasco e a cerva ao lado...
Um mais descarado
Com o olho comprido,
Extrovertido,
Cheio de palavras,
Espreitava:
Será que um dia
o finado Zequinha
vai esquecer
o passado?.