LEMBRANÇAS DE ONTEM
 
Olho teu rosto lindo e vejo, no espelho,
A criança a qual fui por longo tempo...
Minha alma em mergulho no infinito
Dos tempos, no caminho percorrido,
Traduzidos em sonhos já vividos...
 
Os sorrisos abertos no semblante,
As palavras e os gestos elegantes,
A inocência em sua alma branca e leve,
Expectativas simples no horizonte,
Toda felicidade  por viver
Em este Grande Vale e amanhecer...
 
Eu tinha sonhos grandes por viver,
Tinha a alegria sólida das flores
Que, nas manhãs de inverno, ao nascer
Faziam os meus olhos  reviver
A plenitude branca plena em meu ser...
 
A inocência idílica
Da criança vivendo
Os preceitos de vida
Aprendidos na lida,
No trabalho pesado,
Na lavoura da vida,
Fiz da cana a batida...
 
Sonhei sonhos gigantes no infinito,
Sonhos maiores que eu nos pensamentos,
Voando sobre as águas da lagoa...
Percorrendo caminhos nas alturas...
No farfalhar das árvores, brandura...
A chuva fina ébria de amor branco...
A natureza plena, verdes troncos
Das transições no golfo de ilusões...
 
Tempestades abissais,
Os horríveis temporais,
Toda a perda marginal,
Sombras negras no horizonte,
Peste negra lá no Vale...
 
Viagens longas noites frias, dias...
Um mar de insegurança surge adiante
Nas buscas incessantes de harmonia...
Na metrópole enorme as fantasias...
Nos pensamentos vagos a alegria
Na nova vida sólida em vias
Um mundo de energia positiva...
 
Vandoque põe, nas bases simetria,
A vida equilibrada, em harmonia,
Dos atores que fazem o papel
Das vidas que traduzem a existência
Dos sonhos que trariam alegrias...
 
Pesadelos sem fim nas noites frias...
Dias sem sol no leste nu, distante.
Dor com sombrias lágrimas desérticas,
Ansiedades brutais nos pensamentos,
 Oceano de incertezas lá na frente,
Tudo parece turvo, diferente
Nos sonhos as imagens, movimentos...
Toda brutalidade do ambiente...
Perdas e dores sem antecedentes...
 
Estou de volta ao Grande Vale,
Vivendo as ânsias da vontade,
Sonhos no cérebro e na mente,
A força viva da sinergia,
Tudo é vida na alegria
De estar vivendo as  fantasias
Do amor eterno em teoria...
A rosa viva em demasia...
Passado a chuva e as utopias...
As ansiedades voltam vivas...
Deixam minha alma inquieta...
Sonhos urbanos vespertinos...
Estou observando o céu aquilino...
Mudanças vivas no horizonte...
 
A fé transporta meus milagres na aventura...
Vou sem fronteiras trabalhar na construção
Das bases sólidas do amor em comunhão...
Mudanças rápidas num mundo em desventura...
Dificuldades se transformam em aventura...
Templos em busca de serenas crenças vivas...
Ao Grande Vale eu trago minhas energias...
Mergulho fundo em minhas ideologias...
E a prole surge com trabalho em demasia...
Vidas em sonhos trabalhadas dia-a-dia...
Dores febris as quais transformam o universo...
Sopram minha alma e a multiplicam em pedaços...
Perdas se tornam plenas dores em metástase...
O tempo passa, mas as dores permanecem...
Todo trabalho faz de mim um gentil servo...
As alegrias de viver tornam-se raras...
Vivo afogado em mares turvos, tempestades...
Os recomeços na anteaurora sempre trazem
As energias das quais preciso em meu dia...
 
Sonhei contigo,
N o meu abrigo,
As fantasias,
As alegrias,
Todos os dias...
 
Quero sentir na alma fria
A dor que sinto vazia...
Tudo é ilusão, dizia
Eu em meu coração negro...
No crepúsculo do dia...
A noite logo viria
E os meus pesadelos ogros
Se instalariam em mim,
A mais real das vertigens
Em a anteaurora do dia.
 
Eu subo a Serra, em fantasia, na alegria
De estar contigo a buscar novos sonhos claros...
Sonhos que tragam pensamentos virtuosos...
Os movimentos que transformam o Devir...
Lindas ações as quais nos trazem a Levi...
Os corações na eternidade apontados
As aflições vivenciadas na viagem...
Tudo é fugaz em a eterna caminhada...
Os meus desejos se renovam desde agora.
Os pensamentos trazem novas aventuras,
Vou mergulhar neste infinito de frescura,
Talhar a rocha e construir a moradia
Sobre o alicerce verdadeiro, ao meio-dia,
O sol no zênite a brilhar todos os dias...
 
 
No Grande Vale
A vida flui
Em harmonia.
Tudo se faz
Para viver
As fantasias.
São os delírios,
As vidas soltas
Em euforia,
Pelos caminhos
Que significam
as utopias...
 
O sono me deixa ébrio em total dormência.
A  noite escura prevalece em minha mente.
Eu vou dormir para acordar no novo dia...
 

Por Wlads, Araripina, 09/12/11.
Wlads
Enviado por Wlads em 09/12/2011
Reeditado em 15/12/2011
Código do texto: T3380261
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