O imaginário do Caos
Os vazios preenchidos com ruas estreitas
preenchem os valores vividos no tempo.
Marcas transcorrem os rostos
descritos na voz do silêncio...
... da rua... da cidade morta-viva... Viva!
Uma experiência veloz, silenciosamente,
atravessa a rua com o azul da chaleira na mão!
...são quatro lambadas que se faz em uma,
não escapa aos olhares atentos do Flâneur!
Eis que, do silêncio da experiência,
ecoa o brado...
... o grito suave da essência
nas rugosidades do espaço-gente.
A vida se eclode nos contos...
...nos cantos do eco produzido pelo odor...
... pela temperatura rosa dos casarões idosos,
revestida com piso de madeiras ocas,
ao qual se escondem ricos tesouros de encantos passados!
Um vaso idoso silencia-se
na denúncia da voz que surge ao fundo!
... O espaço descontinuado
que continuou parado em movimento,
no tempo emergido da memória.
... O flash do rio
interrompido diante da paisagem
transfigurada na presença do ausente:
Eis a ruptura do rio
que não é o Sena
com a cidade
que não é Paris...
auscultou o inusitado imaginado.
Eis o caos...
Eis o imaginário do Caos!