SOBRE ONTEM À NOITE!
A folha branca me desafia
A escrever sobre ontem a noite
E não deixar passar o encanto
Que foi esse reencontro.
Faltam palavras, as busco e não as encontro.
Sobram emoções, sorrisos, sentimentos bons.
Sou agora uma analfabeta
Procuro com apego, mas o que preciso
Não aparece para marcar,
Para completar o êxtase vivido.
Recordar me fará voltar no tempo
E reviver aquele momento tão inesperado.
Estradas, verde, tempo nublado.
Fotos, sempre a me acompanhar.
Chego e faço o programado.
Então te ligo, sem pretensão
E para surpresa de minha alma
Me dizes: ...pega um taxi e vem pra cá!
Surpresa, sorrindo e incrédula
Penso: ...vamos ver no que vai dar!
Rancores são esquecidos,
Distancia já não existe,
Estou tão perto e ofegante,
Só há alegria e pensamentos bons.
Meu rosto se ilumina com tua presença.
Nem sabemos como começar.
O passado volta como se nunca
Tivesse sido quebrado.
Agimos como sempre fomos
Um jeito sem definição de nenhum de nós.
Sem perguntas, sem respostas.
Que bom estar neste mesmo lugar de novo.
Tudo continua como a memória guardava.
Algo mágico e não dito
Fez desses momentos, recentes
Dessas horas passadas, juntos
Algo surpreendente, inesquecível.
O vinho, sempre companheiro,
As fotos, outrora recusadas,
A dança que nunca houve,
Hoje se mostra sem timidez
O compasso, a cadência da musica
Revela o dançarino escondido
E ao juntarmos os corpos
Coincidindo os passos
Embalados no prazer mútuo
E ingenuamente felizes.
Surpresas e mais surpresas.
Se acumulam com as horas,
Que passam sem deixar de alegrar,
Sem limitar os prazeres a dois,
Que se entregam com a Paixão Momentânea,
A mesma que uniu no passado
Um homem e uma mulher,
De uma forma indefinida,
Sem padrões, nem regras,
Mas que ficam juntos,
Pelo simples prazer que isso
Lhes proporciona,
Nos corpos ardentes,
Nas almas felizes,
Depois de cada encontro.
Irene Freitas
06/12/2011