O FANTASMA
O gigante deitado... Dorme! Dorme!
Nada o incomoda... Chuva nem o trovão
Nem o relâmpago da vida, enorme,
Tiram-no da estonteante lassidão.
Cabeça para o Sul, os pés no Norte,
Nuvem negra da boca lhe sai.
E o gigante de incalculável porte,
Olhares indiscretos. Logo atrai...
“Que gigante é esse de que fala, poeta?”
- É o fantasma que Guerra Junqueiro
Disse em versos ao mundo em forma esteta
Formado pelas nuvens, altaneiro.
Hoje eu vi o fantasma lá no céu,
Versificado pelo ilustre Guerra
- O vate mais famoso, de laurel -
O maior talento que nasceu na Terra!
Salé, 06/03/09, às 18h 40min Lucas
“Na fantasmagoria esplêndida das nuvens”, Guerra Junqueiro