Ao entardecer

Tudo que era pra acontecer,

Aconteceu.

Tão logo,

O sol se escondeu.

Beijos, abraços...

Minha boca, tua boca...

Nosso corpo,

Amassos.

E no meio da confusão das nossas pernas,

Em meio às cobertas,

Chego à conclusão de que as tardes são eternas.

Tua respiração acelerada,

Meu peito pulsando louco

Fazendo pouco,

Quase nada.

Em meio a nossa festa,

Na cama de casal,

Te beijo a testa

Em meio ao ato carnal.

Não tão carnal assim,

Nem tão humano também,

Algo divino,

Esquecido, e lembrado por Ninguém.

A sintonia de nossos corpos a bailar

Não se sabe quem é quem.

Nossos corpos a se tocar

E sinto teu corpo a vibrar.

E de repente, não mais que de repente

É como se o mundo não passasse de nada

Como se não passasse de nossa cama.

E do meu olhar ausente.

Perdido nos espelhos do teto,

No vai e vem do teu corpo no meu

Perdido, contigo, me sinto completo.

Nossas mãos unidas,

Nossos corpos ligados

Calor.

Corpos suados.

Sussurras juras de amor ao pé de meu ouvido,

Que me ama.

Coisas que tão prontamente digo e repito,

Tu me confirmas abafando o som dos seus gemidos.

E terminados os atos da ópera do amor,

Sinto-me como o melhor dos compositores

Teu rosto, teu riso, teu calor

Faz-me ver em teus olhos as misturas de todas as cores

E que muito embora

Agora, tudo que se jaz terminado

Me sinto cansado.

E sinto que teu querer, tua alma me chama

Pra te abraçar, em meio aos lençóis de nossa cama.

Marcos Tinguah Vinicius
Enviado por Marcos Tinguah Vinicius em 15/11/2011
Código do texto: T3336300
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