A UMA MULHER
Por que adeus?
se te amo foi o que sempre me falastes!
Por que esqueça-me?
se nunca te deixarei foi o que dissestes-me também!
Ah! apenas palavras ao vento, onde vai embora e nem a saudade a tráz novamente.
Abre-me os braços agora o solidão profunda e aceite o meu coração frio e soluçante da amargura,
envolva-o num fundo luto, libertado na dor, para que os meus pensamentos não a persigam...
Quanto a te, oh fugitiva de passados irradiante, sei que és igual a mim;
ambos, servos das caricias, volúpias e silenciosos segredos da noite sagrada e saudosa.
Porque fostes da minha tristeza a minha alegria, da solidão minha companhia, da vingança minha causa forte, da minha vida a minha morte.
Por que de mim partistes?
Deixastes apenas o reflexo dos teus olhos negros e insanos, bebi os teus seios em beijos. Senti o aroma embriagador, mergulhei nos segredos da noite sagrada e saudosa e notei que teus beijos da uma vasta lembrança de vinho, mas é na verdade secreto veneno, onde tomaria tudo novamente.
Porque sou teu único e verdadeiro amante forte, e mesmo que a morte me arrebate, glorioso e sem olhos lagrimados viria cantar para te, os meu chorosos e murmurejantes lamentos, que falariam de noites de solidão, com o meu violão te traria canções imortais da tua formosura, onde eu, somente eu, te cantaria para mostrar-te que sempre te amarei, PORQUE EM MUITOS O AMOR MORRE MAS EM MIM ETERNIZA.
Samuel Paulino