A Lua da minha casa

Quando na cozinha estou, frequentemente,

Ainda posso seus latidos ouvir.

Então abro a janela rapidamente

E, desapontado, lembro-me que ela teve que partir!

Por um desejo do destino,

Meu pai encontrou-a na rua.

Resolveu trazer para casa aquele ser canino

E dar-lhe o nome de Lua.

Gostava tanto de carinho,

Era a nossa eterna companheira.

Agora, ao sentar no pátio, sinto-me sozinho

E companhia, a partir de hoje, só das palmeiras...

Era mais que um animal de estimação.

Era dedicada a nos guardar.

Guardava-nos não por obrigação,

Mas sim porque esteve sempre a nos amar.

Possuidora de fascinante fidelidade,

Mais fiel que qualquer coração humano.

Entre ela e minha família, amorosa reciprocidade,

A qual só crescia com o passar dos anos.

Vivia feliz em nosso lar,

Seus latidos eram nossa noturna essência.

Pena que teve que nos abandonar,

Restam agora apenas suas reminiscências.

Protetora por natureza,

Dócil por amor.

Sua morte causou-me uma grande tristeza

E uma melancólica dor!

Viu-me, sentado no pátio, fazer poesias,

Escutou muitos choros meus.

Sua ausência me traz grande nostalgia...

Espero que ela esteja com Deus!

Era mais que um ser,

Era um anjo-da-guarda sem asa!

Certamente continuará a nos proteger,

Será sempre a "Lua" da minha casa!

05/11/11

Innocencio do Nascimento e Silva Neto
Enviado por Innocencio do Nascimento e Silva Neto em 07/11/2011
Reeditado em 25/12/2011
Código do texto: T3322382
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