Inacabada
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Inacabada ficou a obra de arte
Que manteve uma chama acesa nas entranhas
Quando sorria de alegria
Os lábios se apressavam
Para a fala sair de cena
 
A obra era de gestos e sentimentos
Desenhava o luxo d e um amor à sombra
O artista pintava a face
Com as mãos trêmulas,
Lembrando do sorriso
Que buscava  o pincel.
 
Só lhe restou a pintura do céu azul
Da mata em sépia, ocre e musgo
Ficaram os sinais do tempo no rosto
Onde os lábios ficaram mudos.