A volta.
Vou banhar-me no rio de límpidas e claras águas
Aonde vieram até mim
Os melhores dias do mundo
Ouvirei o som das águas
Mansas águas, a se derramarem nas pedras.
Voltarei aos mesmos caminhos onde a criança passou
Reviverei todos os sonhos que o menino sonhou
Seguirei com os passarinhos
Ate a arvore esquecida
Abraçarei a velha amiga da minha infância querida!
Nos galhos da velha jaqueira rebuscarei meus encantos
E se em algum momento dos olhos caírem o pranto
Não é por faltar-me a alegria
Mas, sim, por voltar ao meu canto!
Vou cantar a tarde inteira, no vai e vem do balanço
Cantarei mulher rendeira e o luar do sertão
De um cantinho bem guardado aonde o tempo não chegou
Cantarei beijinho doce revivendo o primeiro
Dentro de um velho amor.