A volta.

Vou banhar-me no rio de límpidas e claras águas

Aonde vieram até mim

Os melhores dias do mundo

Ouvirei o som das águas

Mansas águas, a se derramarem nas pedras.

Voltarei aos mesmos caminhos onde a criança passou

Reviverei todos os sonhos que o menino sonhou

Seguirei com os passarinhos

Ate a arvore esquecida

Abraçarei a velha amiga da minha infância querida!

Nos galhos da velha jaqueira rebuscarei meus encantos

E se em algum momento dos olhos caírem o pranto

Não é por faltar-me a alegria

Mas, sim, por voltar ao meu canto!

Vou cantar a tarde inteira, no vai e vem do balanço

Cantarei mulher rendeira e o luar do sertão

De um cantinho bem guardado aonde o tempo não chegou

Cantarei beijinho doce revivendo o primeiro

Dentro de um velho amor.

Edivaldo Mendonça
Enviado por Edivaldo Mendonça em 08/10/2011
Reeditado em 08/11/2011
Código do texto: T3264437
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