Sendo...
Sentada na beira do riacho ouvindo
Os sons que o cotidiano da vida fazia.
Sonhando acordada, de olhos fechados
Para saborear um gosto a mais do dia.
O rio sereno e silenciosamente seguia
Tal qual o vento que nas folhas voava,
Um tempo passava, sem dar conta de mim,
Da vida, de tudo. Um tempo que roubava.
Passava um tempo de mim que deixava
Assim, sem perceber, meu tempo traído
Desaguar na doce e clara água do riacho,
Enquanto, murmurava um acalanto distraído.