" A VELHA FAZENDA! "
Esta é a casa do tempo de meus avós!
Hoje encontra-se abandonada e envelhecida.
Algumas paredes estão caídas
Outras trincadas.Ah quanto passou!
Que desolação! Quanta melancolia!
Alí era o monjolo. Ao lado o moinho.
Da grande bica restaram aqueles pedaços.
O rego está todo coberto de capim
Ainda sinto o cheiro do riacho
Do mesmo riacho das brincadeiras de menino.
No quintal em aleias se via exuberante laranjal
Onde ouvia se os pássaros festeiros
Agora só o sussurrar do vento no matagal
E o rastro de um tempo passageiro.
Aquela montanha era tão radiante
Hoje tristonha e pouco familiar
Parece solidária comigo neste instante
E sentir a tristeza que do meu peito não sai.
Não ouço mais as vozes daqueles tempos
Tudo aqui ficou tão triste
Muitos anos se passaram...
Tantos que aqui moravam já morreram...
O menino ainda existe.