A morte de um sonho
Houve um tempo em que uma chácara era o meu maior sonho.
Construiria uma casinha modesta com fogão a lenha na cozinha.
Criaria galinhas e comeria os ovos caipiras...
Faria uma lagoa, um curral, um canil para prender os cães adotados da rua quando chegassem as visitas.
Nela haveria apenas um cavalo, lindo e de raça pura, preto e de crina rasa,
Com este pelejaria a noite inteira.
Hoje o tempo me diz que esse sonho era continuação do sonho do meu pai.
Meu pai não está mais aqui... O sonho não tem mais a quem realizar!
E, não me digam os sonhadores que eu deveria ir atrás de concretizá-lo!
O sonho...
O único concreto que restou dele foi a tampa do túmulo do primeiro sonhador!