Dona...

Olhares sequiosos sempre me encontraram...

Meus olhos nunca os cruzaram.

Meus passos eram contados,

E os tapetes eram erguidos...

Erguidos para moça sonhadora passar.

Mal sabiam que mesmo tendo visto guerra, desamor e agonia..

O que eu queria não era ser star, queria apenas amar.

Sempre quis a paz, sempre quis amor, sempre quis harmonia.

Meu olhar ao contemplar o céu era peculiar...

Dos demais olhares das moças da minha idade.

Meu jeito doido de inventar o amor foi sempre criticado...

Porque dele não se falava com tando ardor.

Não sei o que havia comigo,

Não sei o que havia com eles...

Quem era são?

Quem era insano?

- Não sei.

Só sei que o que eu sentia, para eles, era fantasia.

O novo era desconhecido,

O antigo era íntimo, me envolvia.

Meu olhar e a forma de ver o mundo era de Dona,

Dona do meu nariz,

Dona dos meus pés.

Era de Dama,

Dama perdida no século de algum dia...

Que ninguém via, só ouvia, mas não cria.

Camila Senna
Enviado por Camila Senna em 22/07/2011
Reeditado em 22/07/2011
Código do texto: T3111882
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