Dona...
Olhares sequiosos sempre me encontraram...
Meus olhos nunca os cruzaram.
Meus passos eram contados,
E os tapetes eram erguidos...
Erguidos para moça sonhadora passar.
Mal sabiam que mesmo tendo visto guerra, desamor e agonia..
O que eu queria não era ser star, queria apenas amar.
Sempre quis a paz, sempre quis amor, sempre quis harmonia.
Meu olhar ao contemplar o céu era peculiar...
Dos demais olhares das moças da minha idade.
Meu jeito doido de inventar o amor foi sempre criticado...
Porque dele não se falava com tando ardor.
Não sei o que havia comigo,
Não sei o que havia com eles...
Quem era são?
Quem era insano?
- Não sei.
Só sei que o que eu sentia, para eles, era fantasia.
O novo era desconhecido,
O antigo era íntimo, me envolvia.
Meu olhar e a forma de ver o mundo era de Dona,
Dona do meu nariz,
Dona dos meus pés.
Era de Dama,
Dama perdida no século de algum dia...
Que ninguém via, só ouvia, mas não cria.