Da ilusão a desilusão
Um dia, não sei mais o ano ao certo, tu apareceste por minha vida dentro.
Sem alteração, sem consentimento, mas…
É certo que entras-te e todo voltou a mudar.
Dias, horas, minutos, segundos, bem e mal passados, noites bem e mal dormidas.
Enfim, o normal, quando se cuida, quando se ama.
O tempo…esse não parou, ele vou sem dó nem piedade,
Tu cresces-te e eu cresci contigo
Brincadeiras, cumplicidades, todo bem construído.
Conversa a fio, ideias trocadas…
Sentimentos comentados e segredos bem guardados
E o tempo, não parou…
Eu nunca te prendi…
Eu nunca te quis prender…
Quis te ver crescer,
Quis te ver voar…
E continuar aqui para amparar…
Mas…
Um dia, não muito longínquo
Minha vida mudou
Meu mundo… alterou
Pensei ter-te como sempre…
A meu lado…
Mas …
Não, olho não te vejo
Deves andares por ai…
Na tua vida…que tens direito
Deves de não ter tempo
Esquecendo que o tempo
Somos nós que o fazemos, e como o tal o temos
O porque, já mais não quero saber
Quero sim a realidade que tenho hoje
Pois sumiu alguém que eu amo,
Mas todo isto nos faz crescer, vencer
E sobretudo saber viver sem as pessoas
Mesmo que estas sejam pessoas que nos amamos
E que nos digam que nos amam.
Vive a tua vida em paz
Eu sigo a minha como sempre…
Já sabia viver sem ti, e voltarei a saber faze-lo
Segue tua vida…Sê feliz .
Margarida Rocha
2011/07/18