Eterna Infância
Ai que saudades da felicidade
Da minha curta e ao mesmo tempo eterna infância
Que nunca mais vai voltar
Quanta coisa bonita, poesias, papéis, pincéis
Que cheirinho bom de bolo quentinho, da bolachinha
Das balinhas de minha avó, das broncas do meu avô
Dos beijos da minha mãe, das broncas da velha vizinha
Saudades do barulho das rolimãs no asfalto quente
Da linha de pipa, das folhas de papel ao maço
Folhinhas de outono na quadra da escola
Noites frias de inverno tomando chazinho com água e sal
Passeios de domingo na pracinha, fanfarra à noitinha
Ai que saudades da felicidade
Da minha curta e ao mesmo tempo eterna infância
Que nunca mais vai voltar