Quintal

Desde as paredes o varal

de desordenada árvore genealógica

pinga no chão de cimento cru

E um céu nostálgico e azul

recorda a pipa de seda amarela

que já não se vê mais

As panelas a essa hora expulsam

o costumeiro cheiro de feijão cozido

No canto um sapato solitário

ao telhado uma boneca nua e desbotada sorri,

abandonada ao céu e ao esquecimento

E o sol, cumprindo sua sina, apenas brilha

nada questiona, nada replica

enquanto os olhos o deitam de um lado

pra despertá-lo do outro

Ivana, 17/07/07

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Ivanita
Enviado por Ivanita em 12/07/2011
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