SAUDADES DA SERESTA.

SAUDADES DA SERESTA.

Recordo com saudades

das noites de serenata

quando a lua cor de prata

o céu enchia de amor.

O seresteiro apaixonado

dedilhando ao violão

cantava à sua amada

o que lhe dominava o coração.

Quando a janela se abria

a moça, embevecida com o carinho

que lhe dedicava o cantor

sorria com felicidade

e lhe jogava uma flor.

Nos dias seguintes à serenata

o seresteiro, satisfeito

saia para o trabalho

com aquela flor na lapela

para lembrar à moça bonita

que não esqueceria dela

e a amaria por toda uma vida

que para ambos seria infinita.

JORGE GAUCHO.