Em nenhum lugar
Em nenhum lugar há de certo o pensar
que por horas, em vão, passa a mesclar.
Em sombras tidas no meu pensar.
E todo medo é um sonho acordar.
Que de vez em quando de certo sentir.
Que por mil maneiras o peito dormir.
Em lençóis frios no raro partir.
E toda ilusão de um efeito cair.
Em minha própria vida o tempo deixei
e por muito ócio do sonho escapei.
Em memórias tenras perdi o que sei
e hoje vivo às margens do que dediquei.