O que vejo
Era apenas um broto a tentar sobreviver,
Com folhas verdinhas e caule indefeso.
A raiz suplicando para o vento não a desfazer ,
Era uma pequena vida a começar no canteiro da praça.
As pessoas molhando, cuidando,realmente se importavam.
Crianças que também cresciam,
Mudavam e outras sumiam.
Eram apenas brotos a tentarem sobreviver.
As folhas murcharam e o caule caiu
Que pena ,estes sortes não tiveram;
Em seu lugar prédios cresciam;
Outras selvas gigantescas nasciam.
As pessoas apenas vivendo,sem muito o que se importar.
Crianças nasciam,cresciam e poucos brotos para cuidar.
De volta a nostalgia;
Revivia a vidinha de um broto olhar.
De volta a terra, onde a estrada é de barro,
Onde o vento pode e sopra,
Onde as folhas voam secas,
Pois vivem até secar.
A raiz daquele broto hoje é grande e não tem medo
Do vento lhe derrubar.
Olho e fico bêbeda ,embriagada por contemplar tudo o que vejo.