O que vejo

Era apenas um broto a tentar sobreviver,

Com folhas verdinhas e caule indefeso.

A raiz suplicando para o vento não a desfazer ,

Era uma pequena vida a começar no canteiro da praça.

As pessoas molhando, cuidando,realmente se importavam.

Crianças que também cresciam,

Mudavam e outras sumiam.

Eram apenas brotos a tentarem sobreviver.

As folhas murcharam e o caule caiu

Que pena ,estes sortes não tiveram;

Em seu lugar prédios cresciam;

Outras selvas gigantescas nasciam.

As pessoas apenas vivendo,sem muito o que se importar.

Crianças nasciam,cresciam e poucos brotos para cuidar.

De volta a nostalgia;

Revivia a vidinha de um broto olhar.

De volta a terra, onde a estrada é de barro,

Onde o vento pode e sopra,

Onde as folhas voam secas,

Pois vivem até secar.

A raiz daquele broto hoje é grande e não tem medo

Do vento lhe derrubar.

Olho e fico bêbeda ,embriagada por contemplar tudo o que vejo.

graça Noronha
Enviado por graça Noronha em 18/06/2011
Código do texto: T3042790
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