MENINO

E o menino cresceu, e viveu /

Chorou e sorriu, falou o que viu/

Depois mexeu a mão e partiu /

Vai menino, embora não sei/

Onde o mundo te encontra /

Vai sem se importar se acabou/

E o sorriso que tinha sumido /

Voltou ao rosto do menino/

Lágrimas secas e o menino vivo /

Suas mãos, as chamas da luz/

Dos seus ombros caíram a cruz /

O rosto amargo, só saia a dor/

Menino velho, velho menino /

Que implica sem implicar que/

Compreendia cada lugar no respeito /

Que via os defeitos/

Mas não se importava /

Olhava para sempre o mesmo suspeito/

Sem ligar direito pro jeito /

Que o jeito do jeito/

Olha o menino, deitado na madeira /

Não liga paras coisas desta vida e/

Não se importa com as doutrinas /

Que sempre ficha as cortinas de quem/

Com a mania quer progredir /

O menino que vê todos os lugares/

Soluções, com todas belezas, perfeito /

Sabe que a cortina e o palco/

É outra e não se preocupa /

Pois lá depois do picadeiro/

A verdade é única, absoluta /

E se houver alguma luta/

O menino não fugirá /

luiz machado
Enviado por luiz machado em 17/06/2011
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