Transfiguração
Despeja-se a nostalgia de não conseguir
Apenas por apreensão leves toques de correntes
Que trazem a boca seca de temor
Encaminhando para o rumo inexperiente
Para navegar sozinho em um mar de monstros marinhos
A sensação de enjôo é tão inesperada
Que balançando de um lado para o outro
Os limites são verdadeiramente encontrados
Ficando o coração pela metade engasgada
De nossas convicções
Até que de repente tudo pára por um instante
É um trauma, ápice de deformação dos valores da alma
Que se condensam e desfazem em colocações
Voltando ao ponto de partida, perdido
Esperando luz divina até que se morra
Por um segundo se quer, grita-se
E não mais reconheço o que é a reação
E até então o papel especial
Das expressões faciais tão brutas e rígidas
Eu me silêncio.
Quase sem querer me transfiguro inteira.