PETECA

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Peteca que bate palmas
Na palma das minhas mãos
Me levando a uma infância
A um mundo de exatidão.

Peteca que voa alto,
Que faz minha mente fremir,
Ao lembrar de tempos idos
Que nunca irei  esquecer.

Peteca que voa livre
Sem as asas da ilusão
Traz de volta minhas auroras,
Decanta minha solidão.

Peteca albatroz sem rumo
Guias o meu caminhar,
Devolve - me  a meninice,
Repõe o meu habitat...

Enquanto peteca louca, vives
Nos ares a bailar,
Eu aqui choro baixinho
Nos meus bons tempos a pensar.

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ps. Esta é a peteca original cá de nós.  Ela é confeccionada com palha de milho e penas de Capote. Depois de feita, podemos soltar a imaginação; ou seja os braços, em um bom terreiro de chão batido.


 
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SOBE E DESCE NUM REBOTE

Peteca de palha de milho,
Um gogó de carretel,
À doce infância como mel,
Me faz, da saudade, um trilho,
Como à casa volta um filho.
Enchimento de cabelo
De milho, tal como pêlo,
Com penas baias de capote,
Sobe e desce num rebote
Na lembrança, o meu desvelo.


Bosco Esmeraldo

Muito obrigado pela a interação poeta.


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Vantuilo Gonçalves
Enviado por Vantuilo Gonçalves em 24/05/2011
Reeditado em 25/05/2011
Código do texto: T2989872
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