PERAMBULO POR AÍ COM MEU CÉREBRO A TIRACOLO
13.10.05.
Andarilho na vida, becos e arestas
Hóspede das noites de corujas mórbidas
Músico sem clavas e cifrões
Perambulo por aí com meu cérebro a tiracolo
Nas barcas, nas balsas
Nos trens, nos metrôs
Nas vans, nos ônibus
Atravesso cruzamentos
Ando de elevador, escada rolante
Acordo e durmo no volante
Vou vivendo meus momentos e
O século XXI só está começando
Já andei de carroça, de charrete
Carro de boi, jardineira
Avião, helicóptero, bicicleta
Patins, carrinho de rolimã e
Ainda assim continuo livre nesse ir e vir
Já atravessei andando, nadando
Já fui sonâmbulo, trôpego
Correndo, chorando, sorrindo
De pedalinho, jangada...
Como já andei
Com um monte de gente
Muitas vezes sozinho e
Algumas vezes, ao lado meu
(todos os meios de transporte relacionados, entenda-se literalmente: andei mesmo!)