CANTEIRO
No jardim,
Cravinas
Rosa, vermelha e branca
Passagem do tempo
D. Maria, a Baiana,
De onde está e esteve,
Espaço geofísico ou etéreo
Se fez presente.
Ao meu lado
Seus canteiros
Ela me mostrava
Dizendo:
-menino educado!
E eu era só um botão
Nem sei de quê.
Segundo por segundo,
Minuto por minuto,
Hora por hora,
Mês por mês
ANOS
DÉCADAS
O relógio freneticamente
Tiquetaqueando
Ponteiros girando,
Tempo passando
Eu presente
Agora neste transe
Fui girassol
Vendo o rastro
Iluminar aquelas
Sorridentes cravinas
BRANCA, ROSAS, VERMELHAS
Agora sou apenas um cravo
No jardim do tempo.
L.L. Bcena, 03/11/2011
POEMA 172 – TÊNIS VELHO.