MÁQUINA DO TEMPO
Jasmim.
Um cheiro.
Máquina do tempo.
Jasmim para mim.
Embarquei nesta gôndola
Deixei o remador me levar através do tempo.
Passei por canais
Túneis banais.
Sob a Ponte do Suspiro
Respirei fundo.
Pensamento profundo.
Passeio por Veneza
Sempre alagada
Por canais ligada
Visitei lugares remotos
E horas morta
-não voltam mais.
Vi rostos
Passei por postos.
Inspirei
Doce cheiro
Jasmim para mim.
No tempo a máquina
Levou e trouxe
JASMIM
-e era só a flanela umedecida no lustra moveis e o meu quarto aguardando a faxina.
Jasmim para mim.
L.L. Bcena, 16/10/2011
POEMA 170 – CADERNO: TÊNIS VELHO.