MÁQUINA DO TEMPO

Jasmim.

Um cheiro.

Máquina do tempo.

Jasmim para mim.

Embarquei nesta gôndola

Deixei o remador me levar através do tempo.

Passei por canais

Túneis banais.

Sob a Ponte do Suspiro

Respirei fundo.

Pensamento profundo.

Passeio por Veneza

Sempre alagada

Por canais ligada

Visitei lugares remotos

E horas morta

-não voltam mais.

Vi rostos

Passei por postos.

Inspirei

Doce cheiro

Jasmim para mim.

No tempo a máquina

Levou e trouxe

JASMIM

-e era só a flanela umedecida no lustra moveis e o meu quarto aguardando a faxina.

Jasmim para mim.

L.L. Bcena, 16/10/2011

POEMA 170 – CADERNO: TÊNIS VELHO.

Leonardo Lisbôa
Enviado por Leonardo Lisbôa em 19/05/2011
Código do texto: T2979789
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