Abraço

Chuviscava sem pressa

naquela manhã de abril,

enquanto a menina triste

saia da solidão infantil

e despia-se das vestes

que cobriam o frio,

para abraçar o véu de neblina

a dançar sob o sol

e o vento seco.

Talvez quisesse

que o tempo parasse

enquanto durasse

aquele abraço

que atravessava os medos,

dispensava a bússola

e seguia o imaginário.

Lucidez de Navalha/Diulinda Garcia

Scortecci,2010.

Diulinda Garcia de Medeiros
Enviado por Diulinda Garcia de Medeiros em 01/05/2011
Reeditado em 17/03/2014
Código do texto: T2941862
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