Souvenir
Às vezes me pego pensando
numa rua qualquer
num canto de Paris.
Revisito os lugares, as pessoas,
relembro vozes, sons,
tantas lembranças boas
de um tempo tão feliz.
Fecho os olhos e pronto:
eis-me em Montmartre,
na Gare de Lyon, no Sacre Coeur,
em toda parte
que a memória quer.
E chego à conclusão
de que, mesmo tendo inventado o avião,
o homem ainda chega mais depressa
a qualquer lugar
deixando a imaginação
voar.