Caminhos sem lua
Sombras vagam nos corredores
Casarão sem luz, mofadas paredes
Imponente no meio do jardim desfolhado
Outrora acolheu sonhos que há tempos se foram...
Retratos pendurados fitam os moveis empoeirados
Teias de aranhas costuram os recantos
Emaranhados de lembranças ali fazem ninhos
Olhos emoldurados parecem vivos em sentinela.
Uma janela aberta bate no compasso do vento
Quebrando o silencio reinante
Uivante gemido das dobradiças enferrujadas
Assombram o passado, madrugam as saudades.
Grilos e cigarras prenunciam o inverno
Serenata nostálgica da o tom pelos caminhos
Em passos lentos afastam-se os raios da lua
Escuridão abraça o tempo, imenso vazio...
Jamaveira®
Imagem: Do Google