Fragilidades
Ela permanece sentada no meio da sala
Esperando por um telefonema
Não consegue se concentrar
Resolve terminar a barrinha
De crochê da mantinha do bebê
Ela ouve a canção do passar
Ritmado de carros indo e vindo
Virando e sumindo na estrada
Esburacada que foi construída
Em frente a sua casa
Ela sabe que o rapaz não sente
Algo como o que ela sente por ele
Por isso entende o fato dele
Não ligar
Essa verdade indesejada
Só vai ser ignorada até a hora do jantar
Ela suspira um pouco no momento
E chora um tanto antes de se deitar
O ressentimento não tarda
A sua agonia
Fragilidades à parte
Nenhuma
(A Versão Original se encontra o site: http://lucynante.blogspot.com/2011/02/fragilidades.html