Fragilidades

Ela permanece sentada no meio da sala

Esperando por um telefonema

Não consegue se concentrar

Resolve terminar a barrinha

De crochê da mantinha do bebê

Ela ouve a canção do passar

Ritmado de carros indo e vindo

Virando e sumindo na estrada

Esburacada que foi construída

Em frente a sua casa

Ela sabe que o rapaz não sente

Algo como o que ela sente por ele

Por isso entende o fato dele

Não ligar

Essa verdade indesejada

Só vai ser ignorada até a hora do jantar

Ela suspira um pouco no momento

E chora um tanto antes de se deitar

O ressentimento não tarda

A sua agonia

Fragilidades à parte

Nenhuma

(A Versão Original se encontra o site: http://lucynante.blogspot.com/2011/02/fragilidades.html

Genny LiMo
Enviado por Genny LiMo em 21/04/2011
Reeditado em 21/04/2011
Código do texto: T2923333
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