Forasteiro
Não quero regressar a lugares que não quero ser.
Aquelas vias não me pertencem.
Cada muro pichado não diz nada ao meu respeito.
O pôr-do-sol se dava do outro lado, então não via, e a única vez que vi, era mais feio que um ferimento de guerra.
Meus olhos nublam naquele lugar.
Coisifico as pessoas porque elas, pra mim, não passam de muralhas espessas que não consigo atravessar. Pouco me importa. Jamais as verei.
Mas se lá regressar, voltarei a ser a pessoa que não sou, mesmo se o que sou, seja uma reação adversa àquele lugar.