O Pé de Fruta Pão
Uma árvore frondosa no quintal
Uns galhos que vinham até o chão
Nada mais gostoso para o café matinal
Nada mais gostoso que uma fruta pão,
Uma vara e um puçá
E a boa vontade de pescar.
- Anda menino! Pega a fruta pão!
Gritava a mãe, muito diligente...
E eu garoto tanto feliz, tanto bufão
Escolhia devagarzinho e contente.
E, para não estragar a fruta,
Não sacudia, usava uma vara curta.
- Casa de pobre é assim mesmo...
Bradava eu, um estabanado curumi.
Quem não tem quintal, corre a esmo,
A mata é a minha companheira... Vivo ali!
Na era de abundância, a comida está no prato
Mas, quando tudo acaba, a fome é o contrato!
E voltando àqueles bons tempos
Corri pela estrada, que beirava o rio
Hoje me lembro dos bons momentos
Pois, se a estrada era larga, hoje é um fio...
São tantas as lembranças, tantas...
São tontas as tantas lembranças prontas.
Uma fruta que de longe veio
Deixou saudades, tirou-me do leito...
Reviver momentos de devaneio
É guardar o passado no peito
Pé de fruta pão, amigo e companheiro,
A fome que tu mataste, recordo no travesseiro...
Uma árvore frondosa no quintal
Uns galhos que vinham até o chão
Nada mais gostoso para o café matinal
Nada mais gostoso que uma fruta pão,
Uma vara e um puçá
E a boa vontade de pescar.
- Anda menino! Pega a fruta pão!
Gritava a mãe, muito diligente...
E eu garoto tanto feliz, tanto bufão
Escolhia devagarzinho e contente.
E, para não estragar a fruta,
Não sacudia, usava uma vara curta.
- Casa de pobre é assim mesmo...
Bradava eu, um estabanado curumi.
Quem não tem quintal, corre a esmo,
A mata é a minha companheira... Vivo ali!
Na era de abundância, a comida está no prato
Mas, quando tudo acaba, a fome é o contrato!
E voltando àqueles bons tempos
Corri pela estrada, que beirava o rio
Hoje me lembro dos bons momentos
Pois, se a estrada era larga, hoje é um fio...
São tantas as lembranças, tantas...
São tontas as tantas lembranças prontas.
Uma fruta que de longe veio
Deixou saudades, tirou-me do leito...
Reviver momentos de devaneio
É guardar o passado no peito
Pé de fruta pão, amigo e companheiro,
A fome que tu mataste, recordo no travesseiro...