Cadeia Alimentar (Aos Aimberê)
A vida segue a cadência dos ritmos diversos
E os rumos são de cadeia alimentar.
Caminhando contra a maré,
Sigo o bloco de Índios na Avenida Atlântica
E socializo a Praça Antero de Quental no Leblon.
Ao longe, bem ao longe, os movimentos dos tamborins,
Perduram e invadem as árvores do Jardim Botânico.
Com a simplicidade de Tom Jobim que canta histórias na tela.
Sentada na Praça das orquídeas, os pássaros manifestam-se.
Revejo o Pau-Brasil e suas cores vermelhas vibrantes
Como as Baianas que desfilam na passarela.
Decoradores de sementes rufam furiosos.
Há sonetos fincados no carnaval até o dia da poesia.
O Alemão que passeia devolve o óculos que cai no chão,
Em tempo de ver as esculturas das árvores em Ipanema.
O artista de rua vence mais uma batalha
E descreve a majestosa vida que desafia as avenidas.
A guerra dos Ararapes em pura alegoria.
*Homenagem a Cidade do Rio de Janeiro, suas paisagens e histórias.
“Os ossos de Aimberê ficaram sepultados no coração e na memória de todos os verdadeiros patriotas que amam esta terra maravilhosa”.