ESQUECIDA DE TI...
Teus versos enfraquecidos,
no abandono,
desconexos,
perdestes a inpiração,
e, hoje ficaram esquecidos,
palavras soltas,
vulgares, sem nexos...
No auge do galanteio,
abraçastes a todas,
com uma só mão.
Fizestes sorteio,
com tanta paixão,
gabava-se da estonteante beleza,
e, perdestes agora, a virilidade,
onde está tua nobreza...
Solitário e perdido,
sem rumo,
fora do mundo,
quase um bandido,
tu és submundo,
cão vadio,
sem prumo...
Tu eras meu príncipe consorte,
meu porto seguro,
meu sul e meu norte,
minha réstia de luz,
meu brilho no escuro,
e a paixão que me seduz...
Esquecida de ti, brilho sozinha,
sou estrela de luz,
como alegre avezinha,
voei, guiando a tua cruz,
retirei tua tatuagem,
do meu peito,
já não faço bobagem,
pois, hoje tenho,
por mim mesma,
muito respeito...
Tu não arrotas o que ainda não comeu,
Podes ter um mau sabor a degustar,
É comum reconhecer ao que perdeu,
Mais difícil é enumerar o que ganhara,
Somos vindos de uma mesma manjedoura,
Nem por isto temos natureza igual,
Seja sempre agradecida a quem guiou-te,
Mesmo que tenha perdido esta dádiva,
Toda via compreendo a tua ira,
Por sentir-se de escanteio no momento,
Acredite isto faz parte do jogo,
E muitas vezes amenizam sofrimentos,
As maldades nunca são inesgotáveis,
Contra ditos refazem certos rumores,
Cada um há de mostrar do que é capaz,
Impossível é maquiar todas as dores,
Se abrandares o teu nobre coração,
E relevar-se em teu ser para os louvores,
A de trazer novamente ao teu encontro,
Novos poetas imantados de amores,
E certamente tentarão te conquistar,
E esqueceras este tremendo desaforo,
De um alguém que se desfez do seu tesouro,
Ao deixar-te, como se fosse um velho couro.
Boa tarde Nana Okida, seus versos ficaram instigantes, e parecem ter um endereço com caixa postal e tudo. Parabéns. MJ
Olha Miguel, parece que toda carapuça tem endereço certo, só que esta não atingiu o alvo, pois, ele já morreu...rs...Mesmo assim, adorei a tua interação. Ficou perfeita!