O DIA "D"
(UFRN )
TRILHAS POTIGUARES 2001


A saída foi marcada
pras oito daquele dia, 
ou oito e trinta.  nada
mudar isso deveria.

Mas só pelas dez ou mais
é que a saída ocorreu,
pois Federico... É demais!
Lançar as notas, esqueceu.

Além de outras pendências,
segundo ele, atrasadas!
Oh, Deus!... Dá-me paciência
para curtir tais maçadas!

Dos catorze componentes
que agora treze seria,
surgem tão só oito entes
incluindo Oscar e Lia.

Finalmente estamos prontos
para a “bendita viagem”.
Embarcamos meio tontos,
misturados à bagagem.

Alguns vão com o Federico
que tomou a dianteira.
E a pensar me dedico,
porém só penso besteiras.

O motorista é zangado.
E mostra estar descontente
com seu trabalho – afobado,
corre sem pensar na gente.

Passa por cima de tudo
como quem está fugindo,
e o grupo fica mudo
proteção a Deus, pedindo.

Chegamos a São Gonçalo,
finalmente. E com alegria.
Mas a casa em que ficamos,
estava sem energia.

Enfrenta-se à luz de velas
a noite que começou.
Porém, não muito mais tarde,
pelas oito, a luz chegou.

Durante esse meio tempo
jantamos. E, pra começar,
fomos a Poço de Pedra
o trabalho iniciar.

A estrada, nada boa,
Sem lua, não dá p’ra ver
poços... pequenas lagoas
onde vamos nos meter.

Mas finalmente chegamos!
E o povo que nos espera
é mais do que esperávamos.
E isso alegria gera.

Porém os poçopedrenses
que estão a nos esperar,
não sabem a que viemos
ou o que vamos ofertar.

Os jovens são mais abertos.
Mas os idosos, nem tanto!
Bastante desconfiados,
retraem-se a um canto.

A Emília quer tirar fotos
mas só a máquina ela trouxe.
Esqueceu que sem as pilhas
não funciona. Danou-se!

Sãozinha apresenta a turma,
À Elaine passa a palavra
que apresenta os componentes
Das Trilhas naquela lavra.

Federico fala ao povo
da nossa proposição
de trabalhar em conjunto
com toda a população.

Emília dá uma amostra
do que será trabalhado
durante as duas semanas,
conforme fora acertado.

Procura mostrar o que
de melhor se poderá
aproveitar nestes dias.
De como trabalhará.

Fala sobre as Oficinas
e dos Cursos que serão
oferecidos ao público
com toda dedicação.

Do que se poderá ter
de lucro, ao se resgatar,
da melhor forma possível,
a memória do lugar.

Boa parte das pessoas
dos cursos, estão querendo
participar – numa boa!
Já querem ir-se inscrevendo.
-
Voltamos a São Gonçalo,
todos bastante cansados.
Porém, para nossa sorte,
a luz já tinha chegado.

E, enfim, a preparação.
Pois todo o material
que será utilizado
tem que estar organizado
para o trabalho, afinal.



Rosa Regis
Natal/São Gonçalo do Amarante-RN
09 de julho de 2001
Rosa Regis
Enviado por Rosa Regis em 08/03/2011
Reeditado em 30/08/2023
Código do texto: T2836291
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