Tão cedo
A despeito das tuas lágrimas,
que rumaram ao desconhecido,
migraram entre o rosto quente
e a ceda fria
Quando achavam que era
possível segurar a vida,
com todos os nomes
que passavam
e em segredo os reunia
logo a nenhum deles esquecia,
memória rememora-se a cada partida,
e aí continuas no mesmo lugar,
lugar?
O espaço que só se acha
quando se está sozinha,
ninguém entende
a confusão nos sentidos, que persistem
a pernoitar entre seus braços vazios,
mas ainda assim o horizonte
é preenchido de lugares construídos
que aos olhos não podem ser achados
Destino que não anuncia sua vinda
não aceita confissão
tanto quanto palavras perdidas,
e ao que dentro do peito suspira
recusa, sem imaginar as perdas
que aos poucos se vão
consumidas,
A qual nome pertence
a sua face, que a alguém
era pertencida?
como o sol que tinha um brilho
ou talvez ele mesmo tenha aparecido
sem seu autor ser reconhecido
Sobra a esperança
que abre fendas
em teu ser brando,
a agitar-se mediante
o resto de teus instantes
que se vão
tão cedo
quando se nascem as ramagens
e rejuvenescem
resistem,
perto de onde te vi passar