R E C I F E    A N T I G O

O  porto,
           o rio,  
                 o Sol,
                        o forte, 
                                o farol,    
                                         o casario,
                                                 o  mar,
                                                        o  navegar,
                                                                o norte...


Os trilhos da ferrovia,
os estribilhos nas cantorias,
                             a estação de trens,
                                    a   distração   de   outrem,


as locomotivas maria-fumaça, 
a
s loucas e emotivas marias:
                             
cheias  de  odor,
                                    cheias  de  amor,
                                                 cheias  de  graça.

Pontes apontando o horizonte,
braços abertos para o visiante.
                             E as fontes,
                                    águas de ontem,
                                        molhando a quem passa.  


                      (Fernando A Freire)


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I N T E R A Ç Ã O   D E   L I N G U A G E M   P O É T I C A
Poetisa:   LUCIANA VETTORAZZO CAPPELLI
Enviada:
  Quinta-feira, 15 de setembro de 2011 18:07
Assunto:   P O E T A S ...

Nunca mais vou a Recife
esta cidade amada
mais do que isso: adorada.
Lá tem um perigo
que se disfarça de amigo
Sedento contumaz
A ele não bastam as águas
do mar e dos canais.
Por mais que  eu me oculte
por trás dos arrecifes,
por mais que eu lute
fantasiada de Diadorim,
meus olhos nele porei 
e encontrarei a ele
como ele encontra a mim.
Não, não é culpa dele
ser um dinossauro assim
que se alimenta de lágrimas de emoção
quando a ciência só os faz herbívoros.
Nunca mais Boa Viagem
Que a gente chega de avião
e é recebida por um tubarão!
Mas hoje acontece um milagre:
É a Veneza Brasileira que chega
através de seu dono
Fernando A Freire
e toma de assalto o meu coração.

 
Inspirada e dedicada a Fernando A Freire
por Luciana Vettorazzo Cappelli.

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Gratíssimo, poetisa Luciana,
pela gentileza, beleza e grandeza do seu poema.

Os tubarões se cansaram do alto-mar.
Modernos, preferem nadar em piscina,
Pra suas peles cinzas ao Sol queimar
Aí,  descobriram nossas lindas praias!
E, nas areias, belas pernas femininas
Sem veias ou celulites, fora das saias.
Vem!  Afora o medo, amar à beira-mar,
comer camarão e muqueca de tubarão. 
Mas, não se "vexe" agora não, porque
         "Recife ainda tem um lugar
         pra você dentro do coração".
Mil beijos, com sabor de caranguejos.

               (Fernando A Freire)


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Fernando A Freire
Enviado por Fernando A Freire em 19/02/2011
Reeditado em 09/07/2020
Código do texto: T2802488
Classificação de conteúdo: seguro