Tempo (22 Anos)

Numa manhã como as outras

Paradas no tempo

Seco minhas roupas molhadas

Paradas ao vento

Lembranças da última vez

Imagem, movimento

Empurram pra próxima vez

Em que nos perdemos no tempo

- Tempo (18 Anos)

Parte I – O Sonhador

Era um sonhador

Ele e as Nuvens de Verão

Recriando mundos inteiros

Com o poder do coração

Longe dos olhos atentos

Na penumbra da noite fria

Cantando seus lamentos

Enchendo sua vida vazia

O Contemplador

O Poeta das Sombras

A Pena de Corvo

O Canto do Mar

O Solitário

Borboleta Azul Anil

O Introspectivo

O Sem Falar

O Urso Com Alma de Águia

As montanhas longe de sua visão

Quatro patas no corpo

Asas na imaginação

Parte II – A Eterna Criança

Calor enquanto a neve cai

No meu Sonho de Cristal

Onde a criança é preservada

E renasce todo dia

Para encarar

O Mundo Metalizado

Com os sentimentos trocados

Por engrenagens sujas de óleo

Mas que funcionam bem

E dão lucro

Quem sai ganhando?

Todos perdem

Com o sacrifício da inocência

Sua doce e frágil esperança

Por isso, não venha com ciência

Sou uma eterna criança!

Parte III – O Poeta

O Poeta nasceu como Salvador

Do Meu Mundo

Das terras onde vive meu coração

(Em Fantalidade)

O Poeta nasceu para salvar

A alegria

Que brota e transborda do coração

(Em real liberdade)

Para mostrar

Lá por trás dos montes

E das nuvens negras

A eterna chama brilhando

Aquecendo as noites mais frias

Lembrando que sou feliz

Não importa o que façam os anos

A Eterna Criança respira

Na terra onde é livre pra sonhar

Livre para ser

Livre para acreditar

Sem as correntes do medo

A insegurança do noticiário

Eu queimo suas assombrações

Na fogueira do meu santuário

IV – O Caminho das Estrelas

E vou no meu caminho

Vivendo esta vida de poeta

Uma rua escura e solitária

Mesmo assim cheia de maravilhas*

No Caminho das Estrelas

Ouvindo a voz de meu coração

Sem jamais saber se é real

Ou só uma doce ilusão

Nesses dias sombrios

Temerosos e hostis

Ébano com neve

Jardim de flor e espinho

Quebrando espelhos com pedras

Dissipando fumaça com o vento

Em minha eterna Fuga

Quebrando as ondas do tempo

V – Oito Deitado

Nesse infinito mar de ilusão

Eu encerro minha canção

As ondas nunca param

Prelúdio de uma nova estação

VI – Colo de Mãe

“Querido...

“Hora de dormir

O pesadelo acabou

Deixe o medo sair

A dor já passou”

“Hora de sonhar

Nas Nuvens de Verão

O que sobrar disso tudo

Volta pro Caldeirão”

10/02/11

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Um resumo dos meus 22 anos de vida poética.

Há referências a outros 22 poemas.

São eles, pela ordem em que aparecem:

1- Tempo (XVIII Anos)

2 - Nuvens de Verão

3 - O Poeta das Sombras

4 - Ao Poeta

5 - O Canto do Mar

6 - Sonho de Cristal

7 - Por Dentro

8 - Janelas Para a Alma

9 - Por Que o Céu é Azul?

10 - Mundo Metalizado

11 - Trovador do Século XXI - IV

12 - Em Meu Mundo

13 - Fantalidade

14 - Uma Vez Eu Tive Um Sonho

15 - Nodegam-Rah - Parte III: O Porto do Sol Nascente

16 - Poet's Life

17 - O Caminho das Estrelas

18 - Eu & A Dor

19 - A Fuga

20 - Os Dias - Parte I: Dias Tristes

21 - Navegando Num Mar de Ilusão

22 - Num Caldeirão Incandescente de Pensamentos e Memórias, Frias Como o Sol de Inverno; Quentes Como a Lua de Verão – Parte 5: Branco & Azul

* De “Poet's Life”, originalmente:

“And go on my way

Living this Poet's Life

A dark and lonely street

Even so full of wonders”

Davyson F Santos
Enviado por Davyson F Santos em 11/02/2011
Reeditado em 11/02/2011
Código do texto: T2785763
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