Sem nome

No céu lua cheia

As janelas estão cheias de luz

Vejo prédios, capelas,

jardins suspensos nos prédios

Uma fresta que me resta

qual uma lanterna que me capta

Mas ninguém é mesmo uma ilha

Isso é minha vida

no meio da cidade

com azul e cinza

parece meio o fim do mundo

no muro

já no meio da noite

já todos fechados em seus apartamentos

e dorme

impune

Em todo caso, cale-se.