APELO A UMA ESCRAVA.

EIS QUE ENCONTRO-ME UM DIA
A DIVAGAR PELAS RUAS E VIELAS
DA MINHA PEQUENINA CIDADE!
MÃOS TRÊMULAS, OLHOS CANSADOS,
PERNAS TRÔPEGAS, ALQUEBRADO,
DAS NOITES EM CLARO DA MINHA MOCIDADE.

EM SOLILÓQUIO ALTO E PROFUNDO
QUAL UM DOIDIVANO QUALQUER,
DE  MINHA GARGANTA SÚBTAMENTE ESCAPA,
O SANTO NOME DE UMA MULHER!

FOI COMO UM APÊLO INTUITIVO
UMA ORAÇÃO, UMA PRECE,
ÀQUELA ETERNA ESCRAVA
QUE JAMAIS NOS ESQUECE.

MAS CONTINUA ASSIM:
ELAS QUASE SEMPRE SÃO ESQUECIDAS,
SACRIFICAM-SE ÀS VEZES ATÉ A MORTE
DÃO-NOS VIDA E SUAS VIDAS
PARA NOS VEREM FELIZES E FORTES.

MAS A MOCIDADE QUAL UM CIRCO
DE PICADEIROS E LUZES EXTRAVAGANTES,
QUASE SEMPRE NOS TORNAM INGRATOS
PARA COM A NOSSA ETERNA AMANTE.

TER MÃE!. É SE TER TUDO:
AMOR, CARINHO, COMPREENSÃO,
MAS SÓ AGORA, COM A PROSTRAÇÃO
DESSE CORPO CANSADO E DESNUDO,
É QUE RECORRO EM PENSAMENTO PROFUNDO,
ÀQUELA QUE ME PÔS NO MUNDO!.


Dante Barbosa
Enviado por Dante Barbosa em 06/02/2011
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