Ele (talvez) não sabe

“Meu bem talvez não sabe

Que ele é apaixonante

Que ao olhá-lo, no mesmo instante

Meu eu em mim não mais cabe.

Meu bem talvez desconheça

Que sobre mim exerce certa autoridade

Quando me faz questionar minhas verdades

Para que um possível ardor aconteça

Meu bem ignore talvez

Que possui uma beleza paradoxal

Por ser lindo e ao mesmo tempo brutal

Encanta e destrói d’uma só vez.

Mas ele sabe que me atormenta

Quando sorri e me olha como menino

Quando diz certas palavras e faz certos mimos

E assim aos poucos esse amor ele alimenta.”