LEMBRANÇAS
Como a saudade se desfalece
a cada nova ilusão que nasce,
assim também chegou a mim
a menina de vestido carmim.
Trazia uma rosa vermelha
na sua mão, e uma centelha,
de raro brilho no seu olhar.
a qual resplandecia ao luar
Não lembro se ela trazia a rosa
ou se a rosa que trazia ela...
Pensamentos invadem agora
minh’alma aflita que chora,
com a lembrança da menina,
que queria, ser bailarina.
Lembro-me só, que o vento
forte de sua mão arrancou
a rosa vermelha e a desfolhou.
Ah! Como, então, ela chorou...
Marco Antonio Orsi