Morfeu e a pedra - Mnemosine
num épico mais um instante
sombria era então toda noite
torpor e Inação dessa mente
marca o exórdio nessa gente
intentava num sonho latente
quimera o pensar do espírito
vagando pelo desejo ardente
avistava na forma do infinito
vencido como no corpo inerte
luta essa alma toda dormente
vê na rocha presente o flerte
a sina e a saga logo na frente
morfeu e a pedra em um eco
engano verdade aquele fado
um disfarça nesse intrínseco
outro revela mais incomodo
na odisseia da razão valente
da utopia na paixão aparente
na labuta esse o ser inocente
procura nessa saída distante
desperta logo como esse ego
salvo aquele o novo rochedo
deixa e perde esse mito cego
finda naquele duelo um fado
De
Marcondes Schifter
Poeta