A ÁGUA VIVA.

A ÁGUA VIVA

Andando a beira mar

Como quem nada quer,

Sentindo no corpo seminu

A brisa do alvorecer me tocar,

Algo estranho toca-me o pé!

Mas continuo a caminhar

Olhando a imensidão azul,

Semi hipnotizado a admirar

E a sentir a aragem vinda do Sul.

Uma dor abrasante

Incomoda um dos meus pés

E torna-se mais e mais voraz!

Volvo-me a realidade

E a hipnose se desfaz.

Agacho-me velozmente

E deveras surpreendido

Constato meio sorridente

A provocação daquela dor.

Foi uma pequenina água viva

Que o mar na praia jogou!

E grito como que extasiado

Viva a Água que é vida

Que dá vida a “água viva.”

Um invertebrado singular

Gelatinoso e transparente,

Que consegue queimar agente,

Se por algum motivo o tocar.

Não obstante a dor que sentia!

Agradeci por aquele dia

Que caminhei a beira mar.

Dante Barbosa.

Dante Barbosa
Enviado por Dante Barbosa em 18/01/2011
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