A ÁGUA VIVA.
A ÁGUA VIVA
Andando a beira mar
Como quem nada quer,
Sentindo no corpo seminu
A brisa do alvorecer me tocar,
Algo estranho toca-me o pé!
Mas continuo a caminhar
Olhando a imensidão azul,
Semi hipnotizado a admirar
E a sentir a aragem vinda do Sul.
Uma dor abrasante
Incomoda um dos meus pés
E torna-se mais e mais voraz!
Volvo-me a realidade
E a hipnose se desfaz.
Agacho-me velozmente
E deveras surpreendido
Constato meio sorridente
A provocação daquela dor.
Foi uma pequenina água viva
Que o mar na praia jogou!
E grito como que extasiado
Viva a Água que é vida
Que dá vida a “água viva.”
Um invertebrado singular
Gelatinoso e transparente,
Que consegue queimar agente,
Se por algum motivo o tocar.
Não obstante a dor que sentia!
Agradeci por aquele dia
Que caminhei a beira mar.
Dante Barbosa.